Fisioterapeuta e especialista em estética avançada, Francine Gasparin explica por que as transformações do corpo após a gravidez exigem mais do que tempo e força de vontade.
Durante muito tempo, a ideia de que o corpo feminino “volta ao normal” naturalmente após a gestação foi repetida como uma verdade absoluta. No entanto, cada vez mais mulheres relatam frustração, culpa e queda na autoestima meses ou até anos depois do parto, ao perceberem que o espelho não reflete a recuperação prometida socialmente. A ciência e a prática clínica mostram que essa expectativa ignora mudanças profundas provocadas pela gravidez.
Segundo Francine Gasparin, fisioterapeuta e especialista em estética avançada, a gestação provoca alterações estruturais que não desaparecem sozinhas com o passar do tempo. Entre elas estão a distensão da pele, a flacidez muscular, a diástase abdominal, o acúmulo de gordura localizada e alterações hormonais que afetam diretamente o metabolismo e a qualidade dos tecidos. “O corpo da mulher passa por um processo intenso de adaptação durante a gravidez. Após o parto, ele não retorna automaticamente ao estado anterior, porque houve mudanças reais na pele, nos músculos e na fisiologia. Esperar que isso se resolva sozinho gera sofrimento desnecessário”, explica Francine.
Além das transformações físicas, o impacto emocional também é significativo. A cobrança social por uma recuperação rápida contribui para sentimentos de inadequação, especialmente em um período já marcado por privação de sono, novas responsabilidades e reorganização da identidade feminina.
De acordo com Francine, o cuidado estético no pós-gestação vai além da aparência. Quando falamos em tratamentos estéticos nesse momento, falamos de saúde, funcionalidade e bem-estar emocional. A estética bem conduzida ajuda a mulher a se reconectar com o próprio corpo, sem culpa e sem pressa, afirma.
Atualmente, protocolos personalizados de estética avançada oferecem abordagens seguras e eficazes para o pós-parto, respeitando o tempo do corpo e as condições individuais de cada mulher. Tecnologias para estímulo de colágeno, tratamentos para flacidez, gordura localizada e recuperação da musculatura abdominal fazem parte de um cuidado integrado.
Para Francine Gasparin, o principal ponto é mudar a narrativa. O corpo não precisa voltar. Ele precisa ser cuidado, compreendido e fortalecido nessa nova fase. A autoestima da mulher no pós-gestação começa quando ela entende que procurar ajuda não é fraqueza, é autocuidado, conclui.
