Um dos primeiros passos para um envelhecimento saudável, segundo o médico gerontólogo Alexandre Kalache, é aceitar a velhice e não ser pego de surpresa por ela —seja diante do espelho, seja tomando um susto quando alguém se levanta da cadeira para você ou, pior, pegando uma doença na qual você nunca tinha pensado.

Autoridade mundial no assunto, Kalache resume o raciocínio de forma simples e dura: “Envelhecer é bom, morrer cedo é que não presta. Mas é preciso aceitar que a transição da idade adulta para a velhice é um processo longo, que demanda empatia consigo mesmo, para você ficar feliz por ter envelhecido”.

Ex-diretor de envelhecimento e saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde), ele tirou dúvidas de assinantes da CasaFolha em live realizada no dia 17 de julho e agora disponível sob demanda na plataforma de streaming, no site casafolhasp.com.br.

De acordo com ele, a preparação para o envelhecimento deve começar cedo e envolve as mais diversas áreas: relações sociais, segurança financeira, capacidade cognitiva e saúde física.

E, quando se trata desses últimos dois setores, muita gente só começa a prestar atenção quando é tarde demais. “Envelhecer com doença é um prêmio furado”, diz Kalache em seu curso na CasaFolha, sobre envelhecimento ativo.

Na aula ao vivo, ele enfatizou a importância de lidar com quatro fatores de risco associados a doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares ou osteomusculares.

Três deles entraram na ordem do dia já há alguns anos, e são bem difundidos os malefícios de uma dieta ruim, do sedentarismo e do tabagismo.

“O quarto fator é ainda muito aceito na nossa sociedade liberal, que é o uso do álcool. O álcool é uma droga. Ele tem que ser considerado como uma droga. Ele tem que ser coibido”, defende Kalache.

Para ele, não dá para falar em doses seguras de bebida; o ideal é não consumir. “Há outras drogas que têm efeitos similares ou até menos intensos que os do álcool e que são banidas, coibidas. Então a gente vai ter que lutar, porque existe uma indústria do álcool que é muito poderosa.”

Para assistir à íntegra da aula ao vivo com Gualano, é preciso ser membro da CasaFolha. É possível se vincular à plataforma pelo endereço casafolhasp.com.br/assine. A assinatura, com desconto promocional de 67%, sai por R$ 19,90 por mês no plano anual (R$ 59,90 sem a promoção) e inclui acesso ilimitado a todas as notícias da Folha no site e no aplicativo para celular e tablet.

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O streaming também hospeda cursos de grandes personalidades em diferentes áreas, como o ex-ministro Pedro Malan, o escritor Itamar Vieira Junior, o cineasta José Padilha, a chef Helena Rizzo e a Monja Coen.

Já são 25 cursos disponíveis, e novas aulas são lançadas todos os meses. No próximo dia 28, a novidade será o curso de Lalo de Almeida, um dos fotógrafos mais premiados do Brasil. Com mais de 30 anos de experiência, ele ensina “Técnicas para a fotografia de impacto”.

Antes, no dia 21, a escritora e roteirista Tati Bernardi participará de uma live para tirar dúvidas ligadas a seu curso “Crônica e escrita autobiográfica”, disponível na plataforma desde 24 de julho.

Na live com Kalache, o problema do álcool e sua relação com a piora da saúde física e mental foi apenas um dos assuntos discutidos.

Ele também falou sobre o declínio físico inevitável que segue o envelhecimento e sobre artimanhas para manter a capacidade cognitiva afiada por muito mais tempo —nesse departamento, a leitura é um dos melhores remédios, de acordo com ele.

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