O ano passado foi o melhor da história da divisão de automóveis da BMW no Brasil. A fabricante teve 16.194 carros emplacados no país, um crescimento de 7,6% em comparação a 2023, de acordo com dados da Anfavea (associação das montadoras).
Já a Mini, marca inglesa que pertence à empresa alemã, terminou 2024 com 1.543 emplacamentos, o que representa uma queda de 1,3% em relação ao período anterior.
Os resultados da BMW são puxados por dois modelos: o sedã Série 3 e o SUV X1. Somados, esses veículos tiveram 9.400 unidades licenciadas no ano passado.
Maru Escobedo, presidente do BMW Group Brasil, disse que a empresa não vai divulgar previsões para 2025, mas é esperado um crescimento dentro das expectativas do mercado nacional. No início de janeiro, Anfavea e Fenabrave (associação dos revendedores) divulgaram previsões com alta por volta de 5% em relação a 2024.
Para impulsionar as vendas, a montadora vai lançar dois modelos ainda no primeiro trimestre. O principal será a nova geração do SUV de luxo X3, que estreia na opção M50. A presidente da empresa afirmou que o modelo virá com sistema híbrido leve de 48V, que usa a eletricidade para reduzir o consumo em retomadas e permite que o motor a gasolina seja desligado nas paradas em meio ao trânsito.
O utilitário tem motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha (404 cv de potência). A aceleração do zero aos 100 km/h ocorre em 4,6 segundos, de acordo com a montadora. Essa versão deverá custar por volta de R$ 600 mil. O carro será importado dos EUA.
O segundo lançamento será o 100% elétrico Mini Aceman, que é produzido na China por meio de parceria com a GWM. A opção mais em conta terá 184 cv e autonomia de aproximadamente 300 quilômetros. O preço é estimado em R$ 250 mil, concorrendo diretamente com o Volvo EX30 (a partir de R$ 229.950).
Haverá outros lançamentos ao longo de 2025, incluindo novos modelos produzidos em Araquari (SC) e versões especiais alusivas aos 30 anos de atuação oficial da marca alemã no Brasil. A data será celebrada em outubro.
A montadora passa por um novo ciclo de investimentos no país. A fábrica catarinense vai receber um aporte de R$ 1,1 bilhão, distribuídos entre 2025 e 2028. O foco está no desenvolvimento de modelos com maior eficiência energética. A unidade é capaz de produzir modelos flex, híbridos ou puramente elétricos.
Fonte ==> Folha SP