Após um longo processo de restauro, a Casa do Sol, histórica residência da escritora Hilda Hilst em Campinas, no interior de São Paulo, reabre suas portas ao público no dia 23 de agosto, um sábado.

O espaço cultural oficializa seu retorno com a nova Feira Literária Hilstianas, que reunirá programação de editoras, vendas de livros, baile funk e espaço gastronômico assinado pelo Pé do Morro.

Organizado pelo Instituto Hilda Hilst, o evento acontece no fim de semana de reabertura, marcando o início de uma nova fase do espaço, agora com uma programação organizada de forma bimestral cuja renda se volta a contribuir para a manutenção da casa.

A primeira edição do festival tem como curadoria convidada o grupo feminista Crie Como Quem Luta e a escritora Amara Moira como uma de suas convidadas.

A ideia por trás da Hilstianas é combinar feira de livros com uma programação de conversas e espetáculos artísticos, sempre em diálogo com o universo de Hilda, que construiu a casa de campo em 1963.

A reforma da casa, prevista para durar de cinco a sete meses, acabou levando mais de três anos. Além de atualizar os espaços de convivência e leitura, a obra orçada em cerca de R$ 2 milhões também atualizou o sistema elétrico e hidráulico da residência tombada.

Os antigos canis da casa, preservados como ruínas históricas, ganharam nova função. Eles abrigarão estandes de editoras como Fósforo, Relicário, Incompleta, Quelônio e da Livraria Candeeiro durante o festival.

Para Daniel Fuentes, presidente do IHH, a feira reafirma o papel de Campinas no cenário literário do país. O convite, segundo ele afirma em nota, é para “leitores ávidos e curiosos que chegam pela primeira vez, a atravessarem nossos portões e viverem a casa aberta, plena de poesia e vida.”