24 de janeiro de 2025

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Diplomata é condenado sob acusação de perseguir a ex-mulher – 24/01/2025 – Rogério Gentile

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A Justiça paulista determinou que o diplomata Rodrigo Dias Papa pague uma indenização de R$ 5 mil por danos morais a sua ex-mulher.

O processo foi julgado pela juíza Elisa Leonesi Maluf, que o condenou sob acusação de que perseguiu a ex-mulher presencialmente, por meio de mensagens eletrônicas e ligações, com o objetivo de reatar a relação amorosa.

“Há diversas mensagens sequenciais que denotam a insistente tentativa do diplomata de contato, quando ela já havia deixado claro que não pretendia mais vê-lo ou conversar com ele”, afirmou a juíza na sentença. Segundo a magistrada, as provas mostraram que Papa buscou o contato de “forma e por tempo irrazoável, o que ocasionou a violação de sua tranquilidade”.

A ação cível foi aberta, originalmente, pelo próprio diplomata, que pretendia ser indenizado pelo fato de a sua ex-mulher ter apresentado uma queixa criminal contra ele por violência doméstica e perseguição, requerendo inclusive uma medida protetiva.


O diplomata disse à Justiça que sua ex-companheira havia feito a reclamação de forma “desequilibrada e desnecessária”, o que lhe teria acarretado diversos prejuízos financeiros e profissionais, “além de transtornos psicológicos”.

A ex-mulher, ao responder na ação, afirmou que o diplomata estava se utilizando do Judiciário para perpetuar a perseguição, e fez o chamado pedido contraposto, passando também a solicitar o pagamento de uma indenização.

Ela afirmou que o ex-companheiro, durante todo o relacionamento, apresentou condutas extremamente abusivas, citando uma situação em que ele, “fora de si”, teria destruído objetos da residência em que moravam”.

Disse ainda que, após a separação, passou a ser submetida a um verdadeiro “calvário”, contando sobre um dia em que ele teria ido ao seu trabalho, escondendo-se atrás de um veículo. Segundo ela, o diplomata a abordou no estacionamento e a impediu de fechar a porta do carro.


Na sequência, sempre de acordo com o relato feito pela ex-mulher à Justiça, ele teria arrancado o celular de sua mão, machucando-a. O diplomata, então, teria entrado no carro sem sua autorização, insistindo em discutir sobre ter filhos e perguntando se ela o havia amado.

“Somente após muitas súplicas, aceitou sair do carro”, afirmou na ação, ressaltando que ele ainda bateu no vidro do carro, gritando que ela havia arruinado sua vida.

Papa, que ainda pode recorrer da condenação, afirmou à Justiça que o relacionamento do casal foi conturbado, de fato, mas que a ex-mulher “criou uma situação fantasiosa na tentativa de se eximir de responsabilidade”.

“O amor existente à época das mensagens, por parte do diplomata, é inegável, mas isso não quer dizer que ele seja um agressor que beira a psicopatia, como tenta demonstrar a ex-companheira”, afirmou à Justiça a advogada Simara de Albuquerque, que o representa.

Ela disse que as acusações contra o diplomata são “inverdades grosseiras”. Afirmou ter sido ele, na verdade, a vítima de agressões por parte da ex-mulher “em encontros familiares e de amigos, quando era humilhado e por amor suportava, mas os abusos foram aumentando, se aproveitando do amor incondicional que o mesmo alimentou”.



Fonte ==> Folha SP

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