22 de janeiro de 2025

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Edir Macedo: Justiça nega liminar em ação contra Netflix – 22/01/2025 – Outro Canal

Aracaju

A Justiça de São Paulo rejeitou um pedido de liminar em que o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, solicita que a Netflix seja obrigada a apagar sua imagem do documentário “O Diabo no Tribunal”, lançado em 2023.

A produção trata de um julgamento ocorrido nos Estados Unidos no qual uma “possessão demoníaca” foi usada oficialmente como argumento de defesa em um caso de assassinato. A ação foi revelada pela coluna em dezembro.

No processo, o bispo chamou a produção de “sensacionalista” e disse que sua imagem foi veiculada duas vezes em “sessões de libertação”, sendo que os fatos narrados no documentário são relativos a denominações religiosas que não têm relação com a Universal.

As imagens, ainda de acordo com o processo, foram captadas em reuniões nas quais fiéis da Universal buscam “se libertar de males espirituais”. O bispo Renato Cardoso, que também aparece no filme, é coautor da ação contra a Netflix com o mesmo pedido de Edir Macedo.

“As imagens pessoais foram incluídas no filme sem a devida autorização no âmbito de um entretenimento claramente sensacionalista e de temática perturbadora, qual seja, uma possessão demoníaca e um posterior assassinato brutal”, afirmaram os bispos na ação.

Caso seja impossível tecnicamente excluir as imagens, eles pedem que seus rostos sejam desfocados de modo que não seja possível identificá-los.

A juíza Paula da Rocha e Silva negou o pedido de liminar afirmando que os religiosos aparecem em poucos segundos do filme, de tal modo que “não se vislumbra, no momento, existência de dano grave, sobretudo porque não se faz menção aos autores”.

A magistrada ressaltou ser difícil a identificação de Macedo e Cardoso nas imagens exibidas, “posto que são gravações antigas, de baixa qualidade, em que não aparecem os seus rostos”.

A juíza citou ainda que os dois não aparecem no documentário relacionados “a fato ou evento vexatório”, sendo que suas imagens são usadas apenas como exemplo da “libertação (exorcismo) de uma pessoa ‘possuída’”.

A decisão, publicada no último dia 8 deste mês, é de caráter provisório. O mérito do processo, em primeira instância, ainda não foi julgado.

Na defesa apresentada à Justiça, a Netflix afirmou que o documentário tem caráter biográfico e informativo e que as imagens dos bispos são utilizadas dentro do contexto geral da obra, a fim de ilustrar o embate de clérigos com fiéis “possuídos”.

A empresa disse que não houve ilícito algum, que a produção não estabelece vínculo entre a Igreja Universal e os episódios que cercam o crime, além de afirmar que os rostos dos bispos não são exibidos de forma clara, não sendo possível identificá-los.

A coluna procurou a Igreja Universal do Reino de Deus por email na última terça (21), mas não houve resposta.

Foto de Outro Canal

Cobre diariamente os bastidores das novelas, do telejornalismo e da mídia esportiva. Tem como titular o jornalista Gabriel Vaquer



Fonte ==> Folha SP

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