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Ingrid Silva quer lançar marca para um balé mais diverso – 29/08/2025 – Pretos Olhares

Ingrid Silva quer lançar marca para um balé mais diverso - 29/08/2025 - Pretos Olhares

Para expandir horizontes, a bailarina carioca Ingrid Silva, integrante da companhia de dança norte-americana Dance Theatre of Harlem, mergulha na formação como coreógrafa, unindo balé e elementos da cultura brasileira, e quer empreender criando uma marca de roupas para bailarinos que atendam aos diversos tons de pele.

“Quero ser a Rihanna do balé”, afirmou ela, ao portal Pretos Olhares, em referência ao trabalho da cantora com a marca de maquiagens Fenty Beauty, pioneira na criação de bases que atendem os variados tons de pele negra.

“Ela é uma inspiração, ela criou, pesquisou outras tonalidades. As pessoas nos limitam muito a três tons de pele. Nós não somos três, somos mais de 50 tons de pele negra.”

Seu objetivo com a criação da marca, ainda sem data para ser lançada, é oferecer uma linha de sapatilhas que atendam à diversidade de tons de pele dos bailarinos negros e que seja vendida no Brasil e nos Estados Unidos.

Ingrid começou no balé ainda criança, em aulas de um projeto social no subúrbio do Rio de Janeiro. Desde então, nunca abandonou os palcos e alcançou posições de destaque até chegar ao Dance Theatre of Harlem. Foi na companhia que integra hoje que ela percebeu a importância de ter trajes de dança da cor da pele.

Ela explica que as tonalidades rosa, bege e branca são mais comuns na modalidade, pensada para atender pessoas brancas, mas, ao questionar esse padrão e trazer outros tons para o balé, dançarinos negros se sentem pertencentes ao espaço.

Sua carreira sempre foi marcada pela luta por representatividade na dança clássica, e as sapatilhas são um símbolo importante da sua trajetória — contada nos livros “A Sapatilha que Mudou Meu Mundo” (Globolivros) e na obra infantil “A Bailarina que Pintava Suas Sapatilhas” (Globinho). Durante anos, ela pintava as sapatilhas cor-de-rosa para que ficassem na tonalidade certa.

Ela, que é fundadora do coletivo Blacks in Ballet, que reúne dançarinos negros nos EUA, aspira ver mais bailarinas negras, especialmente mulheres retintas, em companhias importantes. “Você não pode ser aquilo que você não vê.”

Ingrid conta que, há quatro anos, tem se dedicado cada vez mais à criação coreográfica, ambiente que vê como muito embranquecido e masculino. Em seus projetos, ela quer, sempre que tiver a oportunidade, unir o balé clássico à cultura brasileira, como fez no espetáculo “Liberated Joy”, que incorpora o forró e as cores da bandeira nacional. Ela desenvolveu essa coreografia no primeiro semestre, em uma residência artística da qual participou na Itália e almeja trazê-la para o Brasil.

O desejo de unir a cultura nacional ao balé sempre esteve presente em seu trabalho. Ela lembra de sua apresentação no show de Alcione, durante o Rock in Rio 2024, quando apresentou um solo em homenagem à cantora.

“Foi um dos momentos mais importantes da minha carreira, porque você não imagina que um balé clássico vai ser associado à música popular brasileira, ao samba, que é o nosso hino. Foi muito importante viver aquilo ao lado de Alcione, que é uma mulher que eu admiro muito. Foram dois sonhos realizados.”

A bailarina, que conversou com o blog no último mês, durante sua passagem pelo Brasil, quer crescer no universo coreográfico e diz que está trabalhando em três projetos coreográficos que devem ser lançados até o final do ano. “Estou muito empolgada, acho que vai ser uma grande surpresa para todo mundo”, conta ela, que também está em turnê com o Dance Theatre of Harlem.


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Fonte ==> Uol

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