O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará de fora novamente do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que começou nesta segunda (20) e será realizado ao longo de toda esta semana. Segundo informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) à Gazeta do Povo, não há previsão de participar nem mesmo por videoconferência, diferente do presidente norte-americano Donald Trump, que fará um discurso on-line na quinta (23).
“Silveira irá participar de painéis sobre a transição energética e as oportunidades geradas pela economia verde. O ministro ainda irá participar de reuniões bilaterais e encontros com investidores”, disse o MME em nota sobre a participação do ministro em Davos.
Segundo fontes, Silveira irá “vender” o Brasil como um destino seguro para investimentos em energias renováveis, principalmente após o anúncio do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deixar novamente o Acordo Climático de Paris.
Em um dos artigos publicados pela equipe do Fórum sobre os temas que serão discutidos, o Brasil é citado com uma “vantagem significativa” em energia renovável para, junto a outros países da América Latina, “definir um padrão totalmente novo de como a IA [inteligência artificial] é alimentada e governada”.
“Isso é especialmente valioso, dado que as empresas globais de tecnologia estão buscando fontes de energia limpa para data centers perto de redes de energia estáveis e de baixo carbono para reduzir sua pegada ambiental. O Google, por exemplo, enfrenta um aumento de 48% nas emissões de gases de efeito estufa em cinco anos, impulsionado pela expansão da infraestrutura de data center. O perfil de energia limpa da América Latina pode atrair esses investimentos”, completou.
A publicação destaca que o Brasil tem mais de 80% da matriz energética provenientes de fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, além da previsão de se ampliar a geração.
Além de Silveira, também participam da comitiva brasileira no Fórum o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); o prefeito fluminense Eduardo Paes (PSD-RJ); o governador paraense Helder Barbalho (MDB-PA), que tem um papel de destaque por ser o anfitrião da COP 30 em Belém, no final do ano; entre outros da sociedade civil e do terceiro setor.
Apesar da comitiva menor neste ano, o Brasil está representado também por uma “casa” erguida por uma associação entre a Ambipar, BTG Pactual, Be8, Gerdau, JHSF, Randoncorp e Vale para apresentar vantagens competitivas do país, como finanças ambientais e conservação de florestas, transição energética, sustentabilidade, ciberfinanças e segurança jurídica.
Fonte ==> UOL