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Amber Valletta cresceu em Tulsa, Oklahoma, passando um tempo na fazenda dos avós. Sua infância foi marcada por campos abertos, um riacho de água doce e uma regra simples de sua mãe: saia e use a imaginação.
Aos 15 anos, uma aula de modelo local a colocou em um caminho inesperado que a levaria primeiro a Milão e depois ao redor do mundo. Em poucos anos, Amber se tornou um dos rostos definidores da moda dos anos 1990 – a era Tom Ford Gucci, os grandes editoriais e as campanhas que moldaram a ideia de beleza de uma geração.
Mas, por volta dos 20 anos, o sucesso cobrou seu preço. Amber deixou de ser modelo, ficou sóbria, tornou-se mãe, começou a atuar e encontrou um propósito na defesa do meio ambiente. Hoje, como embaixadora da boa vontade do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, ela usa a sua influência para promover mudanças reais no clima, na biodiversidade e na poluição.
“Eu não faço da minha vida toda sobre mim”, ela me disse. “Eu também falo sobre outras pessoas – sobre conexão e amor. Quando você tem isso, a vida é muito mais agradável.”
Esta semana, no The BoF Podcast, o fundador do BoF, Imran Amed, conversa com Amber Valletta para traçar a sua viagem de Tulsa às capitais mundiais da moda, como a sobriedade transformou a sua vida aos 25 anos e porque é que ela acredita que a moda deve finalmente assumir a responsabilidade pelo seu impacto no planeta.
Principais insights:
- A infância de Valletta na natureza forjou uma bússola criativa e a capacidade de se adaptar a qualquer lugar. Essa autossuficiência tornou-se um trunfo profissional quando ela chegou à Europa ainda adolescente: “Eu tenho essa coisa estranha que sempre tive – é como se onde quer que você me planta, eu cresço. Sou como uma erva daninha ou algo assim, como uma erva daninha de Oklahoma.” Aqueles primeiros anos também a ensinaram a observar e a aprender sozinha: “Ninguém me ensinou. Eu apenas comecei a descobrir… você olha, você observa, você ouve.”
- A abertura do desfile Gucci outono/inverno de 1995 de Tom Ford deu a Valletta uma sacudida única na carreira. “Quando entrei na passarela, foi provavelmente uma das poucas vezes em que tive aquela descarga de adrenalina… aquele holofote se acendeu e explodiu”, lembra Valletta. O momento foi tão impactante porque divergiu do que dominava a época: “Nada parecia assim… foi como uma injeção de adrenalina para todos”, diz ela.
- Mas, no final das contas, o ritmo e a política fizeram com que ela se sentisse desconectada, dependendo de substâncias para lidar com a situação. “Recorri ao álcool (e às drogas) como lubrificante social”, lembra ela. “Isso me ajudou na época até que parou de me ajudar.” Aos 25 anos, ela chegou a um ponto de inflexão: “Ou vou morrer ou tenho que escolher viver… Não bebo nem uso drogas desde então”.
- Valletta foi recentemente nomeada embaixadora da boa vontade do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, onde se concentra nas alterações climáticas, na perda de biodiversidade e no “papel da moda como um dos maiores poluidores”. O seu resumo é prático: “Precisamos de investir na inovação e na descarbonização… Precisamos de todos os intervenientes. Precisamos de colaboração”, diz ela, alertando: “Se isso não mudar, vamos implodir sobre nós mesmos.”
- A orientação de Valletta para uma vida plena é simples: “Faça o que você ama. Sirva a um propósito maior. Aproveite o momento. Aproveite onde você está.” Ela combina isso com hábitos práticos para manter o poder. “Faço perguntas, apareço com muita gratidão… procuro não fazer muito para quando chegar ao trabalho estar totalmente presente para todos.”
Recursos Adicionais:
Fonte ==> The Business of fashion


